A arte de fotografar o mundo.: Um degrau de cada vez

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um degrau de cada vez

é assim que se realizam os sonhos.

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Fotografia

As lentes da máquina são novos ângulos, novos pontos de vista para mundos opostos, paralelos, separados por muros de dinheiro. E preconceito.

As lentes de uma máquina fotográfica não têm preconceito. Elas estão sempre dispostas a fotografar o milionário e o indigente, o político e o rebelde.

O fotógrafo nada mais é que um instrumento dos botões e das engenhocas que desejam revelar aos mais cegos os mistérios do mundo, as belezas camufladas e as verdades dissimuladas.

O papel brilhante contém a alma do instante e a necessidade de se registrar as nuances do ser humano, dos seres.

Registra o movimento de um beijo, a rapidez de um resgate, a crueldade de uma captura e a dor da escravidão. A escravidão...

A fotografia aprisiona o momento no papel, mas liberta quem a aciona, despertando a esperança de que a cena jamais será esquecida.

A fotografia abre novos horizontes e revela ao homem que os olhos não são nada... sem as lentes.